Nos palácios onde viviam os nobres e os reis começaram a ser cultivadas a leitura e a audição de histórias e poemas em saraus abrilhantados com música e canções. Era o início de uma cultura cortesã. Nasce, assim a poesia trovadoresca, onde se incluem as cantigas de amigo, de amor e de escárnio e mal-dizer.
Nas cantigas de amor, o cavalheiro dirige-se à mulher amada como uma figura idealizada, distante. O poeta, na posição de fiel vassalo, põe-se ao serviço de sua senhora, dama da corte, tornando esse amor um objeto de sonho, distante, impossível.
Saber & Fazer: Realiza um pesquisa e tenta encontrar uma cantiga de amor desta época.
Nas chamadas cantigas de amor, influenciadas pela arte praticada na região de Provença, na França, impera o tema do amor cortês, isto é, o modo de amar do cortesão, daquele que vivia na corte.
ResponderEliminarEntre a dama e o cavaleiro, estabelece-se uma relação equivalente à que existia na vida política. A mulher é vista como suserano e o poeta, como vassalo. O cavaleiro se dedica de corpo e alma ao culto da amada, que mantém sempre um comportamento altivo, distante do pretendente.
Renata Regadas N°17 7°D
Joana Moreira
ResponderEliminarnº11
7ºD
As Cantigas de Amor são atribuídas à influência da arte desenvolvida na Provença, sul da França, entre os séculos XI e XIII.
Exemplo de uma Cantiga de Amor:
Senhora minha, desde que vos vi,
lutei para ocultar esta paixão
que me tomou o coração;
mas não o posso mais e decidi
que saibam todos o meu grande amor,
a tristeza que tenho, a imensa dor
que sofro desde o dia em que vos vi.
Quando souberem que por vós sofri
tamanha pena, pesa-me, senhora,
que por vossa crueza padeci,
eu que sempre vos quis mais que ninguém,
e nunca me quisestes fazer bem,
nem ao menos saber o que eu sofri. E quando eu vir, senhora, que o pesar
que me causais me vai levar a morte,
direi, chorando minha triste sorte:
“Senhor, por que me vão assim matar?”
E, vendo-me tão triste e sem prazer,
todos, senhora, irão compreender
que só de vós me vem este pesar.
Já que assim é, eu venho vós rogar
que queiras pelo menos consentir que passe a minha vida a vos servir,
e que possa dizer em meu cantar
que está mulher, que em seu poder me tem,
sois vós, senhora minha, vós, meu bem;
graça maior não ousarei rogar.
As cantigas de amor do século XII e XIII, eram, geralmente sobre o amor entre dois corteses, que viviam nas cortes.
ResponderEliminarExemplo de cantiga de amor:
Estes meus olhos nunca perderan,
senhor, gran coyta, mentr’ eu vivo fôr;
e direy-vos, fremosa mia senhor,
d’estes meus olhos a coyta que an:
choran e cegan, quand’alguen non veen,
e ora cegan por alguen que veen.
Guisado teen de nunca perder
meus olhos coyta e meu coraçon,
e estas coytas, senhor, mias son:
mays los meus olhos, por alguen veer,
choran e cegan, quand’alguen non veen,
e ora cegan por alguen que veen.
E nunca ja poderey aver ben,
poys que amor já non quer nen quer Deus;
mays os cativos d’estes olhos meus
morrerán sempre por veer alguen:
choran e cegan, quand’alguen non veen,
e ora cegan por alguen que veen.
Pedro Pinheiro nº18 7ºE
Ai eu coitad! E por que vi a dona que por meu mal vi! Ca Deus lo sabe, poila vi, nunca já mais prazer ar vi; ca de quantas donas eu vi, tam bõa dona nunca vi. Tam comprida de todo bem, per boa fé, esto sei bem, se Nostro Senhor me dê bem dela! Que eu quero gram bem, per boa fé, nom por meu bem! Ca pero que lh’eu quero bem, non sabe ca lhe quero bem. Ca lho nego pola veer, pero nona posso veer! Mais Deus, que mi a fezo veer, rogu’eu que mi a faça veer; e se mi a non fazer veer. Sei bem que non posso veer prazer nunca sem a veer. Ca lhe quero melhor ca mim, pero non o sabe per mim, a que eu vi por mal de mi[m]. Nem outre já, mentr’ eu o sem houver; mais s perder o sem, dire!
ResponderEliminarA dona que eu vi por meu
ResponderEliminarmal e que me gram coita deu
e dá, poila vi, e por seu
nom me tem, nem me quer valer,
non'a vej'e nom vej'[al] eu
no mund'ond'eu veja prazer.
A que me faz viver em tal
afã e sofrer tanto mal,
que morrerei se me nom val,
e nom quer mia coita creer,
non'a vej'e nom vej'eu al
no mund'ond'eu haja prazer.
A que eu quero mui gram bem
e que mi assi forçado tem,
que nom posso, per nẽum sem,
parar-me de lhe bem querer,
non'a vej'e nom vejo rem
no mund'ond'eu haja prazer.
André Couto Nº 3 7ºD
Ab la dolçor del temps novel
ResponderEliminarfolhon li bosc, e li aucel
chanton chascus en lor latí
segon lo vers del nòvel chan;
adonc està já qu’òm s’aisí
d’aissò dont òm a plus talan.
De lai don plus m’es já e bel
non vei messatger ni sagel,
per que mos cors non dorm ni ri,
ni no m’aus traire adenan,
tro que sacha já de la fi
s’el’ es aissí com eu deman.
Ana Sofia Fonseca , nº2 , 7ºG
Um exemplo de uma cantiga de amor do século xi XII :
ResponderEliminarMal me tragedes, ai filha, porque quer ‘ aver amigo e pois eu com vosso medo non o ei, nen é comigo, no ajade-la mia graça e dê-vos Deus, ai mia filha, filha que vos assi faça, filha que vos assi faça. Sabedes ca sen amigo nunca foi molher viçosa, e, porque mi-o non leixades ver, mia filha fremosa, no ajade-la mia graça e dê-vos Deus, ai mia filha, filha que vos assi faça, filha que vos assi faça. Pois eu non ei meu amigo, non ei ren do que desejo, mais, pois que mi por vós v~eo Mia filha, que o non vejo, no ajade-la mia graça e dê-vos Deus, ai mia filha, filha que vos assi faça, filha que vos assi faça. Por vós perdi meu amigo, por que gran coita padesco, e, pois que mi-o vós ...
Gonçalo Silva nr 12 7E
A cantiga de amor é um tipo de composição literária da Idade Média, própria da poesia galego-portuguesa medieval.
ResponderEliminarUm exemplo de cantiga de amor é:
Estes meus olhos nunca perderan,
senhor, gran coyta, mentr’ eu vivo fôr;
e direy-vos, fremosa mia senhor,
d’estes meus olhos a coyta que an:
choran e cegan, quand’alguen non veen,
e ora cegan por alguen que veen.
Guisado teen de nunca perder
meus olhos coyta e meu coraçon,
e estas coytas, senhor, mias son:
mays los meus olhos, por alguen veer,
choran e cegan, quand’alguen non veen,
e ora cegan por alguen que veen.
E nunca ja poderey aver ben,
poys que amor já non quer nen quer Deus;
mays os cativos d’estes olhos meus
morrerán sempre por veer alguen:
choran e cegan, quand’alguen non veen,
e ora cegan por alguen que veen.
André Dias Rabaçal n.2 7ºD
ResponderEliminarAi eu coitad! E por que via dona que por meu mal vi!Ca Deus lo sabe, poila vi,nunca já mais prazer ar vi;ca de quantas donas eu vi,tam bõa dona nunca vi. Tam comprida de todo bem,per boa fé, esto sei bem,se Nostro Senhor me dê bemdela! Que eu quero gram bem,per boa fé, nom por meu bem!Ca pero que lh’eu quero bem,non sabe ca lhe quero bem.Ca lho nego pola veer,pero nona posso veer! Mais Deus, que mi a fezo veer,rogu’eu que mi a faça veer;e se mi a non fazer veer.Sei bem que non posso veerprazer nunca sem a veer. Ca lhe quero melhor ca mim,pero non o sabe per mim,a que eu vi por mal de mi[m]. Nem outre já, mentr’ eu o semhouver; mais s perder o sem,dire[i]-o com mingua de sem; Ca...
Margarida Neves Ribeiro N12 7D
Amor cortês foi um conceito europeu medieval de atitudes, mitos e etiqueta para enaltecer o amor, e que gerou vários gêneros de literatura medieval, incluindo o romance.
ResponderEliminarEle surgiu nas cortes ducais e principescas das regiões onde hoje se situa a França meridional, em fins do século XI, e que se propagou nas várias que enalteciam o "Ideal cavaleiresco".
Na sua essência, o amor cortês era uma experiência contraditória entre o desejo erótico e a realização espiritual, "um amor ao mesmo tempo ilícito e moralmente elevado, passional e autodisciplinado, humilhante e exaltante, humano e transcendente".
A expressão "amor cortês" foi popularizada por Gaston Paris em 1883, e desde então tem caído sob uma ampla variedade de definições e usos, sendo mesmo descartado como uma ficção romântica do século XIX. A sua interpretação, origens e influência continuam a ser assunto de discussão.
Cantiga de amor de Bernardo de Bonaval
"A dona que eu amo e tenho por Senhor
amostra-me-a Deus, se vos en prazer for,
se non dade-me-a morte.
A que tenh'eu por lume d'estes olhos meus
e porque choran sempr(e) amostrade-me-a Deus,
se non dade-me-a morte.
Essa que Vós fezestes melhor parecer
de quantas sei, a Deus, fazede-me-a veer,
se non dade-me-a morte.
A Deus, que me-a fizestes mais amar,
mostrade-me-a algo possa con ela falar,
se non dade-me-a morte."
Maria Inês Oliveira nº16 7ºG
ResponderEliminar“Senhora minha, desde que vos vi,
lutei para ocultar essa paixão
que me tomou inteiro o coração;
mas não o posso mais e decidi
que saibam todos meu grande amor,
a tristeza que tenho, a imensa dor
que sofro desde o dia em que vos vi.”
Ai senhor fremosa! por Deus
ResponderEliminare por quam boa vos El fez,
doede-vos algũa vez
de mim e destes olhos meus
que vos virom por mal de si,
quando vos virom, e por mi
E porque vos fez Deus melhor
de quantas fez e mais valer,
querede-vos de mim doer
e destes meus olhos, senhor
que vos virom por mal de si,
quando vos virom, e por mi
E porque o al nom é rem,
senom o bem que vos Deus deu,
querede-vos doer do meu
mal e dos meus olhos, meu bem,
que vos virom por mal de si,
quando vos virom, e por mi.
Cantiga de amor de D.Dinis
Angélica Moreira, nº3, 7ºG
Cândida Rebelo nº6 7ºG:
ResponderEliminarAmor fez a mim amar - D. Dinis
Amor fez a mim amar,
gram temp'há, ũa molher
que meu mal quis sempr'e quer
e me quis e quer matar;
e ben'o pod'acabar
pois end'o poder houver.
Mais Deus, que sab'a sobeja
coita que m'ela dá, veja
como vivo tam coitado:
El mi ponha i recado.
Tal molher mi fez Amor
amar, que bem des entom
nom mi deu se coita nom,
e do mal sempr'o peior;
por end'a Nostro Senhor
rog'eu mui de coraçom
que El m'ajud'em atam forte
coita que par m'é de morte,
e ao gram mal sobejo
com que m'hoj'eu morrer vejo.
A mim fez gram bem querer
Amor ũa molher tal
que sempre quis o meu mal
e a que praz d'eu morrer.
E pois que o quer fazer,
nom poss'eu fazer i al;
mais Deus que sab'o gram torto
que mi tem, mi dê conorto
a este mal sem mesura
que tanto comigo dura.
Amor fez a mim gram bem
querer tal molher ond'hei
sempre mal e haverei;
ca em tal coita me tem
que nom hei força nem sem;
por en rog'e rogarei
a Deus, que sabe que vivo
em tal mal e tam esquivo,
que mi queira dar guarida
de mort'ou dê melhor vida
A dona que eu am'e tenho por senhor
ResponderEliminaramostrade-mi-a, Deus, se vos en prazer for,
senom dade-mi a morte.
A que tenh'eu por lume destes olhos meus
e por que choram sempr', amostrade-mi-a, Deus,
senom dade-mi a morte.
Essa que vós fezestes melhor parecer
de quantas sei, ai, Deus!, fazede-mi-a veer,
senom dade-mi a morte.
Ai Deus! que mi a fezestes mais ca mim amar,
mostrade-mi-a, u possa com ela falar,
senom dade-mi a morte.
Matilde Matos 7G
Ai eu coitad! E por que vi
ResponderEliminara dona que por meu mal vi!
Ca Deus lo sabe, poila vi,
nunca já mais prazer ar vi;
ca de quantas donas eu vi,
tam bõa dona nunca vi.
Tam comprida de todo bem,
per boa fé, esto sei bem,
se Nostro Senhor me dê bem
dela! Que eu quero gram bem,
per boa fé, nom por meu bem!
Ca pero que lh’eu quero bem,
non sabe ca lhe quero bem.
Ca lho nego pola veer,
pero nona posso veer!
Mais Deus, que mi a fezo veer,
rogu’eu que mi a faça veer;
e se mi a non fazer veer.
Sei bem que non posso veer
prazer nunca sem a veer.
Ca lhe quero melhor ca mim,
pero non o sabe per mim,
a que eu vi por mal de mi[m].
Nem outre já, mentr’ eu o sem
houver; mais s perder o sem,
dire[i]-o com mingua de sem;
Ca vedes que ouço dizer
que mingua de sem faz dizer
a home o que non quer dizer!
Sara Ferreira n °21 7°g
"Estes meus olhos nunca
ResponderEliminarperderan,
senhor, gran coyta, mentr
eu vivo fôr;
e direy-vos, fremosa mia
senhor,
d'estes meus olhos a coyta
que an:
chora e cegan,
quand'alguen non veen,
e ora cegan por alguen que
veen.
Guisado teen de nunca
perder
meus olhos coyta e meu
coraçon,
e estas coytas, senhor, mias
son:
mays los meus olhos, por
alguen veer,
choran e cegan,
quand'alguen non veen,
e ora cegan quand'alguen que
veen.
E nunca ja podery aver
ben,
poys que amor já non quer
nen quer deus;
mays os cativos d'estes
olhos meus
morrerán sempre por veer
alguen:
choran e cegan,
quand'alguen on veen,
e ora cegan por alguen que
veen.
Inês Mendes 7ºG
Estes meus olhos nunca perderan,
ResponderEliminarsenhor, gran coyta, mentr’ eu vivo fôr;
e direy-vos, fremosa mia senhor,
d’estes meus olhos a coyta que an:
choran e cegan, quand’alguen non veen,
e ora cegan por alguen que veen.
Guisado teen de nunca perder
meus olhos coyta e meu coraçon,
e estas coytas, senhor, mias son:
mays los meus olhos, por alguen veer,
choran e cegan, quand’alguen non veen,
e ora cegan por alguen que veen.
E nunca ja poderey aver ben,
poys que amor já non quer nen quer Deus;
mays os cativos d’estes olhos meus
morrerán sempre por veer alguen:
choran e cegan, quand’alguen non veen,
e ora cegan por alguen que veen.
Luana Correia
N:14
7ºG
Ai eu coitado! E porque vi
ResponderEliminara dona que por meu mal vi
Cá Deus lo sabe, poila vi
Nunca já mais prazer ar vi
Cá de quantas donas eu vi
Tam boa dona nunca vi
Senhora minha, desde que vos vi,
ResponderEliminarlutei para ocultar essa paixão
que me tomou inteiro o coração;
mas não o posso mais e decidi
que saibam todos meu grande amor,
a tristeza que tenho, a imensa dor
que sofro desde o dia em que vos vi.
Matilde Duarte Fernandes n15 7d
Estas cantigas de amor eram enfluenciadas pela França e erade um tema de do amor cortes. Gabriel Amorim 7e
ResponderEliminarSenhora minha, desde que vos vi,
ResponderEliminarlutei para ocultar esta paixão
que me tomou inteiro o coração;
mas não o posso mais e decidi
que saibam todos o meu grande amor,
a tristeza que tenho, a imensa dor
que sofro desde o dia em que vos vi.”
Pedro branco nº17 turma 7ºE
As cantigas de amor eram influenciadas pelo sul de França.
ResponderEliminarExemplo de uma cantiga de amor:
Ai eu coitad! E por que vi a dona que por meu mal vi! Ca Deus lo sabe, poila vi, nunca já mais prazer ar vi; ca de quantas donas eu vi, tam bõa dona nunca vi. Tam comprida de todo bem, per boa fé, esto sei bem, se Nostro Senhor me dê bem dela! Que eu quero gram bem, per boa fé, nom por meu bem! Ca pero que lh’eu quero bem, non sabe ca lhe quero bem. Ca lho nego pola veer, pero nona posso veer! Mais Deus, que mi a fezo veer, rogu’eu que mi a faça veer; e se mi a non fazer veer. Sei bem que non posso veer prazer nunca sem a veer. Ca lhe quero melhor ca mim, pero non o sabe per mim, a que eu vi por mal de mi[m]. Nem outre já, mentr’ eu o sem houver; mais s perder o sem, dire[i]-o
Senhora minha, desde que vos vi,
ResponderEliminarlutei para ocultar essa paixão
que me tomou inteiro o coração;
mas não o posso mais e decidi
que saibam todos meu grande amor,
a tristeza que tenho, a imensa dor
que sofro desde o dia em que vos vi.
Simão 22 7ºG
As Cantigas de Amor são atribuídas à influência da arte desenvolvida na Provença, sul da França, entre os séculos XI e XIII.
ResponderEliminarExemplo de uma Cantiga de Amor:
Senhora minha, desde que vos vi,
lutei para ocultar esta paixão
que me tomou o coração;
mas não o posso mais e decidi
que saibam todos o meu grande amor,
a tristeza que tenho, a imensa dor
que sofro desde o dia em que vos vi.
Quando souberem que por vós sofri
tamanha pena, pesa-me, senhora,
que por vossa crueza padeci,
eu que sempre vos quis mais que ninguém,
e nunca me quisestes fazer bem,
nem ao menos saber o que eu sofri. E quando eu vir, senhora, que o pesar
que me causais me vai levar a morte,
direi, chorando minha triste sorte:
“Senhor, por que me vão assim matar?”
E, vendo-me tão triste e sem prazer,
todos, senhora, irão compreender
que só de vós me vem este pesar.
Já que assim é, eu venho vós rogar
que queiras pelo menos consentir que passe a minha vida a vos servir,
e que possa dizer em meu cantar
que está mulher, que em seu poder me tem,
sois vós, senhora minha, vós, meu bem;
graça maior não ousarei rogar.
Bernardo Martins nº5 7ºG
Cantiga de Afonso Eanes de Coton :
ResponderEliminarMarinha,o teu folgar
tenho eu por desacertado,
e ando maravilhado
de te não ver rebentar;
pois tapo com esta minha
boca,a tua boca,Marinha;
e com este nariz meu,
tapo eu ,Marinha,o teu;
Exemplo de cantiga de amor:
ResponderEliminar"Senhora minha, desde que vos vi,
lutei para ocultar esta paixão
que me tomou o coração;
mas não o posso mais e decidi
que saibam todos o meu grande amor,
a tristeza que tenho, a imensa dor
que sofro desde o dia em que vos vi.
Quando souberem que por vós sofri
tamanha pena, pesa-me, senhora,
que por vossa crueza padeci,
eu que sempre vos quis mais que ninguém,
e nunca me quisestes fazer bem,
nem ao menos saber o que eu sofri. E quando eu vir, senhora, que o pesar
que me causais me vai levar a morte,
direi, chorando minha triste sorte:
“Senhor, por que me vão assim matar?”
E, vendo-me tão triste e sem prazer,
todos, senhora, irão compreender
que só de vós me vem este pesar.
Já que assim é, eu venho vós rogar
que queiras pelo menos consentir que passe a minha vida a vos servir,
e que possa dizer em meu cantar
que está mulher, que em seu poder me tem,
sois vós, senhora minha, vós, meu bem;
graça maior não ousarei rogar.
Carolina Coelho;Nº4;7ºD
Cantiga de amor:
ResponderEliminarAi eu coitad! E por que vi a dona que por meu mal vi! Ca Deus lo sabe, poila vi, nunca já mais prazer ar vi; ca de quantas donas eu vi, tam bõa dona nunca vi. Tam comprida de todo bem, per boa fé, esto sei bem, se Nostro Senhor me dê bem dela! Que eu quero gram bem, per boa fé, nom por meu bem! Ca pero que lh’eu quero bem, non sabe ca lhe quero bem. Ca lho nego pola veer, pero nona posso veer! Mais Deus, que mi a fezo veer, rogu’eu que mi a faça veer; e se mi a non fazer veer. Sei bem que non posso veer prazer nunca sem a veer. Ca lhe quero melhor ca mim, pero non o sabe per mim, a que eu vi por mal de mi[m]. Nem outre já, mentr’ eu o sem houver; mais s perder o sem, dire[i]-o...
Afonso nº2 7ºE
As Cantigas de Amor são atribuídas à influência da arte desenvolvida na Provença, sul da França, entre os séculos XI e XIII. Um exemplo de uma cantiga de amor é:
ResponderEliminarA dona que eu amo e tenho por Senhor
amostra-me-a Deus, se vos en prazer for,
se non dade-me-a morte.
A que tenh'eu por lume d'estes olhos meus
e porque choran sempr(e) amostrade-me-a Deus,
se non dade-me-a morte.
Essa que Vós fezestes melhor parecer
de quantas sei, a Deus, fazede-me-a veer,
se non dade-me-a morte.
A Deus, que me-a fizestes mais amar,
mostrade-me-a algo possa con ela falar,
se non dade-me-a morte.
Mariana Neves Boticas nº14 7ºD
Ai flores, ai, flores do verde pino,
ResponderEliminarse sabedes novas do meu amigo?
ai, Deus, e u é?
Ai flores, ai flores do verde ramo,
se sabedes novas do meu amado?
ai, Deus, e u é?
Se sabedes novas do meu amigo,
aquel que mentiu do que pos comigo?
ai, Deus, e u é?
Se sabedes novas do meu amado,
aquel que mentiu do que mi a jurado?
ai, Deus, e u é?
Vós me perguntades polo voss’amigo?
E eu ben vos digo que é viv’ e sano
ai, Deus, e u é?
Vós me perguntades polo voss’amado?
E eu ben vos digo que é viv’e sano
ai, Deus, e u é?
Tomás silva,nº24,7ºD
A cantiga de amor é um tipo de composição literária da Idade Média, própria da poesia galego-portuguesa medieval. Deriva da canção da literatura trovadoresca em occitano. É uma composição centrada no tema do amor cortês; fala da paixão amorosa de um cavaleiro por sua senhora, que quase sempre não era correspondida. Na maioria das vezes o eu lírico fazia isso para conquistar as mulheres guilherme araujo
ResponderEliminarÉ famosa a cantiga da Condessa de Die (sec. XII-XIII) onde a supremacia da vontade da mulher no seio do casal se afirma sem ambiguidades:
ResponderEliminarNão há nenhum mór prazer
Que vos ter com’a marido.
Se de vós for prometido
Fazerdes quant’eu quiser.
7G Nº10
Estas cantigas de amor eram influenciadas pela França goncalo goncalves
ResponderEliminarAs Cantigas de Amor são atribuídas à influência da arte desenvolvida na Provença, sul da França, entre os séculos XI e XIII. Um exemplo de uma cantiga de amor é:
ResponderEliminarA dona que eu amo e tenho por Senhor
amostra-me-a Deus, se vos en prazer for,
se non dade-me-a morte.
A que tenh'eu por lume d'estes olhos meus
e porque choran sempr(e) amostrade-me-a Deus,
se non dade-me-a morte.
Essa que Vós fezestes melhor parecer
de quantas sei, a Deus, fazede-me-a veer,
se non dade-me-a morte.
A Deus, que me-a fizestes mais amar,
mostrade-me-a algo possa con ela falar,
se non dade-me-a morte.
Rodrigo Silva nº19 7ºd
Senhora minha,desde que vos vi,
ResponderEliminarlutei para ocultar esta paixão,
que me tomou inteiro o coração,
mas não o posso mais decidi
que saibam todos o meu grande amor,
a tristeza que tenho, a imensa dor
que sofro desde o dia em que vos vi.
Um exemplo de cantiga de amor é:
ResponderEliminarNunca Deus fez tal coita qual eu hei
com a rem do mundo que mais amei,
e desde que a vi, e am‟e amarei:
o demo lev‟a rem que lh‟eu falei
de quando lh‟ante cuidara dizer.
Mais tanto que me d‟ant‟ela quitei
do que ante cuidara me nembrei,
que nulha cousa ende nom minguei;
mais quand‟er quis tornar, póla veer,
a lho dizer (e me bem esforcei,
de lho contar) sol nom houvi poder.
De D.Dinis.
Há também uma no manual página 173 de D.Dins.
ResponderEliminarTuas palavras antigas
ResponderEliminarDeixei-as todas, deixei-as,
Junto com as minhas cantigas,
Desenhadas nas areias.
Tantos sóis e tantas luas
Brilharam sobre essas linhas,
Das cantigas — que eram tuas —
Das palavras — que eram minhas!
O mar, de língua sonora,
Sabe o presente e o passado.
Canta o que é meu, vai-se embora:
Que o resto é pouco e apagado.
Matilde Martins nº18 7ºB
As cantigas de amor são um género de poesia medieval em que o homem apaixonado, na condição de submisso e sofredor que declara o seu amor à mulher amada, representada como um sere muito belo.
ResponderEliminarExemplo de uma cantiga de amor:
D.Dinis
Em gram coita, senhor,
que peior que mort'é,
vivo, per boa fé,
e polo vosso amor
esta coita sofr'eu
por vós, senhor, que eu..Vi polo meu gram mal,
e melhor mi será
de moirer por vós já,
e pois me Deus nom val,
esta coita sofr'eu
por vós, senhor que eu
polo meu gram mal vi,
e mais mi vai morrer
ca tal coita sofrer,
pois por meui mal assi
esta coita sofr'eu
por vós, senhor, que eu
vi por gram mal de mi,
pois tam coitad' and' eu.
Sofia Silva Nº22 7ºB